Infor­ma­ções sobre os trabal­ha­dores aquan­do da venda de uma empre­sa: Qual é o momen­to certo?

O momen­to da infor­ma­ção dos trabal­ha­dores aquan­do da venda de uma empre­sa desem­pen­ha um papel decisi­vo. Qual é a altura certa para infor­mar o nível de gestão e toda a força de trabal­ho? Como é que a infor­ma­ção deve ser prestada?

Se o nível de direção da empre­sa for informa­do demasia­do tarde, isso pode levar ao despe­di­men­to de trabal­ha­dores desmo­tiv­a­dos e insegu­ros. Para o compra­dor da empre­sa, a reten­ção do nível de gestão é um ativo que não deve ser subesti­ma­do, especial­men­te se a experiên­cia profi­s­sio­nal for parti­cu­lar­men­te importan­te para o desen­vol­vi­men­to futuro da empre­sa. Por conse­guin­te, deve ser considera­do atempa­da­men­te como e quando os execu­tivos podem ser incluí­dos no proces­so de venda.

Infor­mar os trabal­ha­dores demasia­do cedo sobre a venda de uma empre­sa pode levar ao fracasso

Neste caso especí­fi­co, um poten­cial compra­dor de uma empre­sa concluiu uma LOI abran­gen­te com o testa­men­tei­ro do faleci­do proprie­tá­rio da empre­sa. Como parte da diligên­cia devida planea­da, foram solici­ta­dos vários document­os para exami­nar a empre­sa. No proces­so, o adminis­tra­dor da heran­ça e o consul­tor fiscal da empre­sa também incluí­ram os empre­ga­dos mais antigos. Neste proje­to, o pesso­al foi informa­do da venda da empre­sa numa fase muito preco­ce. No decur­so do proces­so de análi­se, alguns trabal­ha­dores desen­vol­veram uma vida própria que era perigosa para o proces­so de venda. Os contac­tos inten­si­v­os do passa­do com os princi­pais forne­ce­do­res e clientes foram utiliz­ados para desen­vol­ver os seus própri­os inter­es­ses. No final, foi negado o acesso a vários document­os e a possi­bil­ida­de de contac­tar forne­ce­do­res e clientes.

É difícil verifi­car se tal se deve a insegu­ran­ça, a recei­os existen­ciais ou a cálcu­los. No entan­to, o facto é que, sobre­tu­do quando o proprie­tá­rio de uma empre­sa morre subita­men­te, os forne­ce­do­res e os clientes podem rapida­men­te desen­vol­ver os seus própri­os inter­es­ses e instru­men­ta­li­zar os trabal­ha­dores da empre­sa em causa.

No caso especí­fi­co, alguns empre­ga­dos de topo chega­ram mesmo a falar de um “Plano B” que já tinha sido desen­vol­vi­do. Este facto acabou por preju­di­car a base de confian­ça entre o poten­cial compra­dor e o nível de gestão da empresa.

O aconsel­ha­men­to profi­s­sio­nal evita conflitos

Um consul­tor de suces­sões com experiên­cia em transac­ções poderia ter actua­do como media­dor para manter a neces­sá­ria confi­den­ci­al­i­da­de entre todas as partes e coorde­nar todo o proces­so de venda da empre­sa. Os inter­es­ses e as neces­si­d­a­des dos trabal­ha­dores também poderi­am ter sido recon­he­ci­dos e tidos em conta a tempo no âmbito de uma media­ção empresarial.

É neces­sá­rio muito tato por parte do adminis­tra­dor da heran­ça e do poten­cial compra­dor para saber quando e em que medida o nível de gestão da empre­sa a adquir­ir estará envol­vi­do no proces­so em curso. A escol­ha do momen­to certo para infor­mar os trabal­ha­dores sobre a venda de uma empre­sa é, portan­to, funda­men­tal para o sucesso.

No caso descri­to, a aquisi­ção planea­da da empre­sa acabou por falhar porque os gesto­res, em parti­cu­lar, não se envol­veram na venda planea­da da empre­sa a um poten­cial compra­dor de forma atempa­da e orien­ta­da para os objectivos.

O que resta são apenas perde­do­res, tanto empre­ga­dos como gesto­res, porque o proces­so de venda tem de ser comple­ta­men­te reini­cia­do. Os herdei­ros do faleci­do proprie­tá­rio da empre­sa também têm de viver com a incer­te­za de encon­trar um novo compra­dor. O poten­cial compra­dor inves­tiu um tempo precio­so - em última análi­se, para nada.

Muitos peritos de K.E.R.N ? Os especia­lis­tas em suces­são são media­do­res empre­sa­ri­ais forma­dos ou adquir­i­ram décadas de experiên­cia própria em proces­sos de suces­são em empre­sas de média dimensão.

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