Venda da empresa - Determinar o valor da empresa

Vender a sua empre­sa - Como aumen­tar o valor da sua empre­sa! Parte 1

Um dos crité­ri­os para o fracas­so da venda de uma empre­sa é o facto de o vende­dor pedir um preço exagera­do. As ideias do compra­dor e do vende­dor sobre o valor da empre­sa são, portan­to, muito diferen­tes.

A causa raramen­te é uma avalia­ção incor­rec­ta da empre­sa. Em vez disso, o proprie­tá­rio conside­ra que o valor emocio­nal da empre­sa é tão eleva­do que o classi­fi­ca como igual­men­te eleva­do em termos monetá­ri­os. O lado do compra­dor, no entan­to, normal­men­te olha para uma empre­sa de uma forma comple­ta­men­te diferen­te. Talvez se possa dizer que é mais racio­nal. No entan­to, os facto­res emocio­nais também desem­pen­ham um papel importan­te do lado do compra­dor. Na maior parte dos casos, trata-se de uma neces­si­da­de acentua­da de seguran­ça. Por conse­guin­te, em princí­pio, um poten­cial compra­dor só quer saber uma coisa: Como é que a empre­sa pode criar valor acres­cen­ta­do de forma susten­tá­vel para o seu grupo-alvo?

Webinar sobre os princí­pi­os básicos apresen­ta­do por Nils Koerber


Venda da empre­sa (M&A) sem risco e sem perda de valor

Só se conse­guir fazer com que um poten­cial compra­dor acredi­te que a respos­ta a esta pergun­ta também será positi­va no futuro, é que ele assum­irá que a empre­sa também gerará um retor­no no futuro. Isto é importan­te, por exemplo, para o reembol­so do finan­cia­men­to. Um olhar atento sobre o passa­do não é sufici­en­te para fazer uma decla­ra­ção sobre a susten­ta­bil­ida­de do poder econó­mi­co. Os casos clássi­cos de fracas­so, como o da Nokia, da Polaroid, etc., mostram que a adesão à tecno­lo­gia conhe­ci­da e domina­da, ao modelo de negócio existen­te, não garan­te neces­sa­ria­men­te uma propos­ta de valor futura rentá­vel para um grupo-alvo futuro.

Venda da empre­sa através da altera­ção do modelo de negócio 

A influên­cia que uma mudan­ça no modelo de negócio pode ter no preço de compra e na suces­são é demons­tra­da pelo caso de um fabri­can­te de peças tornea­das e fresadas por contra­to puro. Ele quer vender a sua empre­sa porque não quer conti­nu­ar com a responsa­bil­ida­de empre­sa­ri­al. A situa­ção das encomen­das é boa, uma vez que é conhe­ci­do pela sua quali­da­de, pontu­al­i­da­de e know-how. Existem muitos poten­ciais compra­do­res, mas a maioria das ofertas de preço de compra não corre­spon­de às expec­ta­tiv­as do vende­dor. Este facto é normal­men­te justi­fi­ca­do com a falta de escala­bil­ida­de ou com a ausên­cia de uma propos­ta de venda única.

A nossa pergun­ta ao vende­dor sobre o que faria de diferen­te no seu modelo de negócio condu­ziu às seguin­tes afirma­ções: oferecer também know-how de design e alargar a produ­ção a grupos de compo­nen­tes, de modo a aumen­tar a profund­i­da­de do valor acres­cen­ta­do. As ideias concre­tas estavam disponí­veis, mas o vende­dor não podia e não queria imple­men­tá-las ele próprio.

A inclusão e a discus­são destas ideias desde o início das discus­sões e da seleção de poten­ciais compra­do­res revelou rapida­men­te o compra­dor ideal, que recon­he­ceu e apreciou o potencial.

O modelo de negócio de uma empresa 

Sempre que falamos de valor acres­cen­ta­do para um grupo-alvo, é o modelo de negócio da empre­sa que descreve este contex­to. No fundo, o que está em causa é a propos­ta de valor. Com que produ­tos ou com que servi­ços cria valor acres­cen­ta­do? Para quem? Para os seus clientes ou para aqueles que virão a ser clientes? Estamos então a falar do seu grupo-alvo ou segment­os de clientes. O fator decisi­vo aqui é a relação que tem com os seus clientes e os canais através dos quais os alcança.

O lado direi­to do chama­do Business Model Canvas (canvas signi­fi­ca tela, papel de parede) é responsá­vel pelo volume de negóci­os da empresa.

Ilustra­ção: Modelo de negócio 

À esquer­da, enume­re as princi­pais activ­i­d­a­des, recur­sos e parce­i­ros para concre­ti­zar a sua propos­ta de valor. Isto descreve o lado dos custos do seu modelo de negócio.

A avalia­ção de um modelo de negócio

Se anali­sar­mos os métodos tradi­cio­nais de avalia­ção das empre­sas, orien­ta­dos para o passa­do, verifi­ca­mos que a visão do futuro só é tida em conta de forma muito limita­da. Para além do método do valor líqui­do dos activos (avalia­ção dos compo­nen­tes actuais dos activos fixos) e do método do multi­pli­ca­dor (multi­pli­ca­ção do EBIT por um multi­pli­ca­dor típico do sector), os valores das empre­sas na região DACH são avalia­dos princi­pal­men­te através do método do valor dos lucros capita­liz­ados e, no contex­to inter­na­cio­nal, predo­mi­nan­te­men­te através do método do fluxo de caixa atualiz­ado. Neste caso, as três últimas demons­tra­ções finance­i­ras anuais são forma­das como um balan­ço médio ajusta­do e, em segui­da, o fluxo de caixa ou EBIT é atualiz­ado ao longo dos dez anos futur­os com uma taxa de juro de capita­li­za­ção. Em termos simples, este método tenta deter­minar a proba­bil­ida­de de os ganhos actuais conti­nu­arem a ser gerados nos anos futur­os. No modelo Canvas, o lado esquer­do é subtraí­do do lado direi­to e depois descon­ta­do com uma taxa de juro de risco. Isto deve-se ao facto de não existi­rem, de facto, valores empíri­cos disponí­veis sobre a forma como o futuro se irá desen­ro­lar. O mesmo se aplica à evolu­ção do volume de negócios.

Já se aperce­beu que olhar para o futuro é olhar para o passa­do e extra­po­lar para o futuro. Tem mais a ver com olhar para uma bola de cristal e com o princí­pio da esperan­ça de que o poten­cial compra­dor possa não levar este aspeto tão a sério.

Métodos de avalia­ção para a venda de uma empresa 

Os métodos de avalia­ção orien­ta­dos para o futuro tentam dar um toque mais quali­ta­tivo ao olhar para a bola de cristal. Por isso, não devemos esperar um valor monetá­rio da empre­sa a partir de métodos de planea­men­to opera­cio­nal, métodos basea­dos em dados ou métodos de bench­mark. São mais classi­fi­ca­ções sobre os facto­res indivi­duais do modelo de negócio (ver a abord­a­gem Canvas) e a sua previsão de desen­vol­vi­men­to susten­tá­vel. Ao fazê-lo, gosta­rí­a­mos de CANAIS DE IDEIAS que, de acordo com os comen­tá­ri­os dos clientes, é “um verdadei­ro abre-olhos” e “melhor do que qualquer outra coisa no merca­do”, porque um Business Model Canvas não lhe diz onde deve melhorar o seu modelo de negócio. 

Autores:

Wolfgang Bürger, locali­za­ções da KERN em Nurem­ber­ga e Würzburg
Roland Grepp­mair, locali­za­ção KERN Munique
Holger Haber­mann, locais da KERN em Munique e Salzbur­go
Andre­as Stütz, IDEASCANNER, Fundador e Diretor Executivo

DICAS para uma leitu­ra mais aprofundada: 

MBI - Modelo de suces­so para a suces­são empresarial

Corona, venda da empre­sa e agora? Parte 1

O modelo coope­ra­tivo - Quando os funci­oná­ri­os seguem as pegadas dos fundado­res da empre­sa Parte 1

Cláusu­las de aquisi­ção na venda de uma empre­sa