Notas de 10? e 20? combinadas numa só ventoinha

Comprar uma empre­sa - a primei­ra conver­sa é crucial

Qualquer pessoa que lide com o tema da compra de uma empre­sa irá, mais cedo ou mais tarde, encon­trar-se com poten­ciais vende­do­res. A primei­ra reunião é geral­men­te efectua­da por telefo­ne. O poten­cial compra­dor tem a primei­ra conver­sa com o consul­tor do vende­dor ou com o próprio vende­dor. A primei­ra conver­sa pode já decidir se o compra­dor é autoriz­ado a parti­ci­par no proces­so poste­ri­or. Algumas regras importan­tes para a primei­ra conversa.

O poten­cial compra­dor toma geral­men­te conhe­ci­men­to de uma empre­sa a vender através de algumas infor­ma­ções anóni­mas. Esta pode assum­ir a forma de um Anúnci­os na bolsa de valores ou como Teaser através da rede da empre­sa de consult­oria que o acomp­an­ha. Isto serve para a classi­fi­ca­ção inicial da empre­sa e para uma primei­ra valida­ção aproxi­ma­da da adequa­ção da empre­sa propos­ta aos parâme­tros de pesqui­sa do poten­cial compra­dor. Se a empre­sa for rentá­vel, estiver a operar no merca­do há muito tempo e estiver solida­men­te posicio­na­da, pode presu­m­ir-se que existe um grande número de poten­ciais compra­do­res para este alvo. Por conse­guin­te, o vende­dor encon­tra-se numa situa­ção confor­tá­vel e pode escol­her o compra­dor que lhe convém.

O que é importan­te para o vendedor

Regra geral, um vende­dor não escol­he o poten­cial compra­dor que pagará mais dinhei­ro pela sua empre­sa. Para muitos empresá­ri­os, a sua própria empre­sa é uma questão de coração. Inves­tiu-se muito tempo e energia na constru­ção e no cresci­men­to da empre­sa. Agora, o suces­sor é supos­to dar conti­nui­da­de ao negócio. Aqui, a visão do compra­dor é um crité­rio decisi­vo. Na primei­ra conver­sa, o vende­dor parte do princí­pio de que o preço da empre­sa, que é frequen­te­men­te mencio­na­do na infor­ma­ção anóni­ma, também pode ser pago. Afinal de contas, o poten­cial compra­dor decidiu estabe­le­cer contac­to. No entan­to, na reali­da­de, é muitas vezes diferente.

O preço é o crité­rio de desempate

Os compra­do­res que não conse­guem obter finan­cia­men­to, que estão à procu­ra de uma “pechin­cha” ou que apenas querem fazer uma compra rápida sem uma ideia, desqua­li­fi­cam-se muito rapida­men­te na primei­ra conver­sa. Além disso, aqueles que apenas utilizam a infor­ma­ção do teaser como fonte de infor­ma­ção e já falam sobre o preço nesta fase, normal­men­te ainda não desen­vol­veram uma ideia para uma compra. Por conse­guin­te, os vende­do­res recusam-se frequen­te­men­te a conti­nu­ar a falar com estes poten­ciais clientes. Em vez disso, dão preferên­cia a outros.

As 5 pergun­tas erradas

Estas questões são frequen­te­men­te coloca­das. Mostram pouco apreço pelo vende­dor. Reduzem as hipóte­ses de aquisi­ção da empre­sa. O fim já é ameaça­dor nesta fase inicial.

  1. O preço de compra não é demasia­do eleva­do? Porque é que o preço é superi­or a quatro vezes o EBIT?
  2. Não acha que o seu sector já quase não permi­te o crescimento?
  3. Porque é que o EBIT é tão baixo? Não deveria ser muito superi­or ao volume de negócios?
  4. Porque é que têm tantos funci­oná­ri­os na adminis­tra­ção? Não são supérfluos?
  5. É possí­vel mudar a empre­sa para outra cidade? A locali­za­ção não tem demasia­das desvantagens?

As 5 pergun­tas certas

Os poten­ciais compra­do­res que fazem as seguin­tes pergun­tas (a título de exemplo) têm mais proba­bil­ida­des de avançar no proces­so. As pergun­tas demons­tram inter­es­se e apreço genuí­nos. Conse­quen­te­men­te, um vende­dor geral­men­te encara estas pergun­tas de forma positiva.

  1. Que oportu­ni­d­a­des de cresci­men­to ainda vê? Quais são os seus planos para o futuro se não vender a empresa?
  2. Estaria dispos­to a ajudar-me com os seus conhe­ci­ment­os duran­te um deter­mi­na­do perío­do de tempo em caso de aquisição?
  3. Como será o seu futuro após a saída? Quais são os seus planos pessoais?
  4. Que empre­sa gosta­ria de ter como cliente?
  5. Qual é a opinião da sua família sobre o desinvestimento?

Estas pergun­tas são, natur­al­men­te, apenas exemplos. Mas mostram que as pergun­tas de aprecia­ção podem aproxi­mar as duas partes e abrir a porta a discus­sões mais aprofunda­das e susten­tá­veis. Para além disso, as pergun­tas ajudam a comple­tar o quadro geral e as inten­ções do vende­dor sem serem conflituosas.

Sugestões para uma leitu­ra mais aprofundada:

Estudo da KERN sobre a suces­são empre­sa­ri­al na Aleman­ha em 2020: a falta aguda de suces­so­res ameaça as empre­sas familiares

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O que é que é parti­cu­lar­men­te importan­te para o vende­dor de uma empre­sa na primei­ra conver­sa?

Para a maioria, a empre­sa é uma questão de coração. É por isso que muitos vende­do­res de empre­sas também se opõem à oferta mais eleva­da. Em vez disso, querem ver a visão adequa­da do compra­dor. Em princí­pio, o vende­dor assume, na primei­ra discus­são, que o preço de compra é propor­cio­nal à liqui­dez. Mesmo que esta solva­bil­ida­de nem sempre seja garantida.

O que devo evitar, enquan­to poten­cial compra­dor, na primei­ra conver­sa com o proprie­tá­rio da empre­sa?

Em primei­ro lugar, a pressão ofensi­va para fechar um negócio deve ser evita­da a todo o custo na primei­ra conver­sa. Em vez disso, a primei­ra reunião serve para nos conhe­cer­mos melhor. Para além disso, há uma troca de ideias sobre as ideias indivi­duais para o futuro da empre­sa. Deve ir para a conver­sa prepa­ra­do em confor­mi­da­de. Só assim é que se pode fazer as pergun­tas certas.