5 pessoas que colocaram as mãos umas sobre as outras no meio e fundaram uma sociedade cooperativa

A coope­ra­ti­va - a salva­ção para a suces­são empresarial?

Situa­ção atual da suces­são de empresas

De acordo com o Insti­tu­to de Inves­ti­ga­ção das PME (IfM), 150.000 empre­sas na Aleman­ha terão de resol­ver a sua suces­são empre­sa­ri­al nos próxi­mos 5 anos (2018 a 2022). Em média, 30.000 por ano. Este aumen­to constan­te do volume de suces­sões de empre­sas até 2025 está sobre­tu­do relacio­na­do com a idade. O sector dos servi­ços está em primei­ro lugar, segui­do da indús­tria trans­forma­do­ra e do comércio. No total, cerca de 2,5 milhões de trabal­ha­dores são afecta­dos por esta evolução.

Suces­são de empre­sas na Aleman­ha (2018 - 2022)

© Graphic: KERN ? Os especia­lis­tas em suces­são / Fonte: (IfM Bonn - Insti­tu­to de Inves­ti­ga­ção das PME)

Um proble­ma central da Venda da empre­sa é o facto de não ser possí­vel encon­trar um suces­sor natural. Para estas empre­sas, coloca-se então a questão da existên­cia. Muitas vezes esque­ce-se que o poten­cial para a conti­nu­a­ção da empre­sa está certa­men­te presen­te se os trabal­ha­dores puderem contri­buir com as suas compe­tên­ci­as e parti­ci­par. No pior dos casos, uma suces­são desre­gu­la­da, incor­rec­ta ou tardia pode levar à insol­vên­cia ou à liqui­da­ção da empre­sa. A perda do empre­go de muitos trabal­ha­dores repre­sen­ta então um grande proble­ma económico!

Webinar sobre os princí­pi­os básicos apresen­ta­do por Nils Koerber


Venda da empre­sa (M&A) sem risco e sem perda de valor

Apenas 18% das empre­sas familia­res trans­fe­rem a sua ativi­da­de para gesto­res do seu próprio quadro. A chama­da Aquisi­ção pela adminis­tra­ção (MBO). Mas porque não trans­fer­ir a empre­sa para vários ou todos os trabal­ha­dores? A forma da coope­ra­ti­va regista­da (eG) pode dar um contri­bu­to constru­tivo para a resolu­ção do proble­ma da sucessão.

O modelo coope­ra­tivo (eG) - breve­men­te expli­ca­do para a suces­são empresarial!

As coope­ra­tiv­as são empre­sas econó­mi­cas que são geridas de forma indepen­den­te pelos seus membros e que, ao mesmo tempo, actuam em nome dos seus membros. São consti­tuí­das por pesso­as singu­la­res ou pesso­as colectivas.

O objetivo da alian­ça é a promo­ção dos seus membros através de activ­i­d­a­des comer­ciais activ­i­d­a­des comer­ciais geridas em conjun­to. Existem diferen­tes tipos de coope­ra­tiv­as coope­ra­tiv­as, tais como as coope­ra­tiv­as de constru­ção, de produ­ção, de consu­mo e de venda. coope­ra­tiv­as de venda.

Enquan­to uma KG pode ser funda­da com pelo menos dois sócios e uma GmbH com pelo menos um sócio, uma coope­ra­ti­va requer pelo menos três pesso­as para ser funda­da. A coope­ra­ti­va tem a obriga­ção única e exclu­si­va de promo­ver os inter­es­ses dos seus membros. As activ­i­d­a­des empre­sa­ri­ais da coope­ra­ti­va são orien­ta­das para objec­tivos econó­mi­cos, cultu­rais ou sociais. 

Com um consel­ho de adminis­tra­ção e um consel­ho fiscal, a coope­ra­ti­va tem uma estru­tu­ra clara de gestão e contro­lo. Trata-se de uma forma jurídi­ca e empre­sa­ri­al democrá­ti­ca. Cada membro tem um voto ? indepen­den­te­men­te do montan­te do capital detido. As peque­nas coope­ra­tiv­as com um máximo de 20 membros podem presc­in­dir de um consel­ho fiscal.

O concei­to de cooperação:

© Graphic: KERN ? Os especia­lis­tas em suces­são

Os membros de uma os membros de uma coope­ra­ti­va só são responsá­veis com a sua quota-parte de capital se o contra­to de socie­da­de os estatu­tos excluí­rem a obriga­ção de efetu­ar contri­bui­ções suple­men­ta­res. Em caso de rescis­ão, têm um Em caso de retira­da, têm direi­to ao reembol­so do seu capital social por parte da coope­ra­ti­va. Não é neces­sá­rio que um terce­i­ro adqui­ra as acções.

Estru­tu­rais As altera­ções só são possí­veis com uma maioria de três quartos. Isto dá à coope­ra­ti­va regista­da uma grande estabil­ida­de. Garan­te assim indepen­dên­cia empre­sa­ri­al e exclui a possi­bil­ida­de de uma aquisi­ção hostil.

A forma jurídi­ca da coope­ra­ti­va regista­da é adequa­da para muitos fins muito diferen­tes. É flexí­vel, fácil de gerir e é Compro­va­do há mais de 160 anos. A entra­da ou saída efectua-se sem burocra­ci­as, pelo valor nominal e sem neces­si­da­de de notário ou Avalia­ções de empre­sas.

Em princí­pio, a coope­ra­ti­va tem o mesmo estatu­to fiscal que uma socie­da­de anóni­ma. No entan­to, com o reembol­so coope­ra­tivo (afeta­ção de lucros), dispõe de um “modelo exclu­si­vo de poupan­ça fiscal”. O reembol­so é regista­do pela coope­ra­ti­va como uma despe­sa de explo­ra­ção com redução de impostos. 

Cada coope­ra­ti­va é membro de uma associa­ção de audito­ria coope­ra­ti­va. No inter­es­se dos membros, esta associa­ção contro­la regular­men­te a situa­ção econó­mi­ca e a regula­ri­da­de da gestão. A revisão legal de contas, em confor­mi­da­de com a lei sobre as coope­ra­tiv­as, permi­te aos membros Certe­za sobre o desen­vol­vi­men­to econó­mi­co.

Através do contro­lo inter­no dos seus membros e da audito­ria indepen­den­te da federa­ção de coope­ra­tiv­as, as coope­ra­tiv­as são, de longe, as mais mais à prova de insol­vên­cia forma jurídi­ca na Aleman­ha. O Conver­são A trans­for­ma­ção de uma socie­da­de anóni­ma (GmbH; AG) e de uma socie­da­de de pesso­as (GbR, OHG, KG, GmbH & Co. KG) numa coope­ra­ti­va é possí­vel sem proble­mas, de acordo com a Lei da Transformação. 

A fim de promo­ver a atrativ­i­da­de do modelo coope­ra­tivo, foi recen­te­men­te lança­da uma inicia­ti­va do Bundes­rat pelo gover­no do estado NRW. Este preten­de ajustar a tribu­ta­ção das empre­sas em confor­mi­da­de. Com este proje­to de lei, o Bundes­rat preten­de aumen­tar o limite de isenção fiscal para a parti­ci­pa­ção dos trabal­ha­dores dos actuais 360 euros para 5.000 euros por ano. Até agora, porém, o proje­to prevê uma restri­ção às jovens empre­sas (start-ups).

A coope­ra­ti­va como solução de sucessão

A coope­ra­ti­va regista­da (eG) oferece uma alter­na­ti­va aos trabal­ha­dores empen­ha­dos da empre­sa nos casos em que ainda não existe um acordo de suces­são e trans­ferên­cia da empre­sa. Desta forma, não é criada uma nova empre­sa, mas sim outros empresá­ri­os.

A A trans­ferên­cia da empre­sa segue as condi­ções habituais da funda­ção de uma coope­ra­ti­va. Um mínimo de três membros fundado­res assumem a direção da empre­sa e são conjun­ta­men­te responsá­veis pelo suces­so econó­mi­co da empre­sa. sucesso. 

As vanta­gens são são óbvias:

  • Uma vez que a coope­ra­ti­va pode reunir os recur­sos finance­i­ros de várias pesso­as parti­ci­pan­tes, o finan­cia­men­to da Preço de compra mais fácil de reali­zar.
  • Além disso, a coope­ra­ti­va oferece ao empresá­rio reforma­do a possi­bil­ida­de de uma refor­ma gradu­al. Por exemplo, como membro do consel­ho fiscal da eG ou como consul­tor da empre­sa numa relação de trabalho.

2 Exemplos práti­cos de coope­ra­ção na suces­são de empresas 

1. o consór­cio de planea­men­to Kohlbren­ner eG, Berlim 

A empre­sa de planea­men­to urbano, inicial­men­te gerida pelo proprie­tá­rio, foi trans­fer­ida com suces­so para uma coope­ra­ti­va no âmbito da procu­ra de suces­são empre­sa­ri­al. Em 2006, o proprie­tá­rio, que era um empresá­rio em nome indivi­du­al com 64 anos de idade, colocou a empre­sa à venda aos seus empre­ga­dos, uma vez que não havia um suces­sor da família disponí­vel. Mas como nenhum empre­ga­do queria assum­ir a responsa­bil­ida­de sozin­ho, só uma solução conjun­ta foi considera­da. Dos 20 trabal­ha­dores efectivos, 8 estavam dispos­tos a inves­tir na empre­sa. O camin­ho para um preço de venda aceitá­vel para todos foi um desafio parti­cu­lar. As expec­ta­tiv­as de preço eram dez vezes diferen­tes. Quando se chegou a acordo, o preço de compra foi pago de uma só vez e, nos anos seguin­tes, uma parti­ci­pa­ção nos lucros escalo­na­da ao longo de vários anos. Desta forma, foi encon­tra­da uma ligação entre o preço de compra e a situa­ção dos lucros da empre­sa. Além disso, o antigo patrão conti­nua ativo como consul­tor da empresa.

Os clientes mostra­ram-se abertos ao modelo eG. Um solucio­na­dor de confli­tos exter­no revelou-se útil para a sua concre­tiza­ção. (Fonte: https://library.fes.de/pdf-files/wiso/14628.pdf)

2. a empre­sa de carpin­ta­ria Grünspecht eG, Freiburg 

A carpin­ta­ria A Grünspecht foi funda­da em 1984 como uma GbR em Freiburg. Em 1991 foi trans­forma­da numa coope­ra­ti­va de trabal­ha­dores. Com 28 empre­ga­dos, 16 deles deles pertencem à coope­ra­ti­va. A empre­sa de carpin­ta­ria defen­de a ecolo­gia e a susten­ta­bil­ida­de e é gerida por uma equipa de todas as faixas etári­as. A base é uma cultu­ra empre­sa­ri­al A base é uma cultu­ra empre­sa­ri­al coope­ra­ti­va e de auto-gestão. Cada colabora­dor, que queira assum­ir a responsa­bil­ida­de e influen­ci­ar o desen­vol­vi­men­to da empre­sa O desen­vol­vi­men­to da empre­sa é admit­i­do com uma quota obriga­tória de 2.500 euros. quota. O compro­mis­so a longo prazo para com a coope­ra­ti­va e uma e uma parti­ci­pa­ção inten­si­va nas decis­ões da empre­sa signi­fi­cam que a adesão é bem bem pensada. 

É notável que os trabal­ha­dores mais jovens, em parti­cu­lar, também estão a aderir à coope­ra­ti­va e, assim, garan­tir a suces­são da empre­sa a longo prazo. A boa situa­ção econó­mi­ca A boa situa­ção econó­mi­ca oferece espaço para uma forte orien­ta­ção famili­ar (por exemplo, licen­ça paren­tal). licen­ça parental). 

A seguran­ça do empre­go, o rendi­men­to adequa­do e as boas condi­ções de trabal­ho fazem parte da missão de promo­ção da coope­ra­ti­va. A ofici­na de carpin­ta­ria Grünspecht é, portan­to, um exemplo bem sucedi­do de um modelo de negócio bem sucedi­do e proac­tivo. Mudan­ça de geração na empre­sa. (Fonte: https://library.fes.de/pdf-files/wiso/14628.pdf)

5 passos para uma coope­ra­ti­va para a suces­são empresarial 

A consti­tui­ção de uma coope­ra­ti­va desen­ro­la-se geral­men­te em 5 etapas: 

Camin­ho de funda­ção da cooperativa: 








© Graphic: KERN ? Os especia­lis­tas em suces­são

1. desen­vol­ver ideias e conqui­star parceiros

A partir da ideia de base, é neces­sá­rio encon­trar e conven­cer os parce­i­ros que partil­ham a mesma opinião para formar a equipa fundado­ra. Em segui­da, devem ser elabora­dos o concei­to econó­mi­co de base e os objec­tivos da empre­sa comum.

2. desen­vol­ver um concei­to econó­mi­co (plano de negóci­os) e estatu­tos de fundação 

Com base no concei­to básico, deve ser elabora­do um plano de activ­i­d­a­des corre­spon­den­te, redigi­dos os estatu­tos e defini­das as tarefas e compe­tên­ci­as (atribui­ção de cargos) da futura cooperativa.

3. funda­ção da cooperativa 

Após a aprova­ção dos parti­ci­pan­tes, a coope­ra­ti­va é funda­da através da assina­tu­ra e eleição dos órgãos.

4. exame de admissão

Poste­rior­men­te, deve ser solici­ta­da uma audito­ria dos funda­ment­os (concei­to econó­mi­co e estatu­tos) pela associa­ção de audito­ria coope­ra­ti­va, que verifi­ca a regula­ri­da­de dos objec­tivos e dos funda­ment­os da cooperativa.

5. regis­to da cooperativa

Após uma audito­ria de forma­ção bem sucedi­da, a coope­ra­ti­va é inscri­ta no regis­to de coope­ra­tiv­as e pode inici­ar as suas actividades. 

Conclusão para soluções de suces­são empresarial 

Nós, na KERN ? Especia­lis­tas em Suces­sões, estamos conven­ci­dos de que a suces­são empre­sa­ri­al sob a forma de uma coope­ra­ti­va regista­da é uma alter­na­ti­va sensa­ta em casos especiais.

No contex­to de uma econo­mia, as vanta­gens dos activos partil­ha­dos podem também ser trans­fer­idas para a partil­ha de As vanta­gens dos activos partil­ha­dos também podem ser aplica­das à partil­ha de responsa­bil­ida­des no empreendedorismo. 

Muitas pesso­as inter­essa­das na suces­são não conse­guem obter finan­cia­men­to para o seu sonho empre­sa­ri­al porque dispõem de pouco capital próprio. Para além disso, a geração entre os 30 e os 40 anos, em parti­cu­lar, tem uma maior neces­si­da­de de segurança.

A partil­ha de responsa­bil­ida­des e a orien­ta­ção não exclu­si­v­a­men­te econó­mi­ca de uma empre­sa corre­spon­dem a valores moder­nos, que o modelo histo­ri­ca­men­te compro­va­do da coope­ra­ti­va regista­da tem em conta. 

Autores

Nicole Kalon­da - KERN - Os especia­lis­tas em suces­são, locali­za­ção em Hamburgo 

Götz Kehrein - KERN - Os especia­lis­tas em suces­são, locali­za­ção em Hamburgo 

Roland Grepp­mair - KERN - Especia­lis­tas em suces­são, escri­tório de Munique 

Holger Haber­mann - KERN - Especia­lis­tas em suces­são, escri­tório de Munique 

DICAS para uma leitu­ra mais aprofundada: 

5 tendên­ci­as importan­tes na suces­são empre­sa­ri­al em 2019

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Imagem: Fotolia.com


O que é uma coope­ra­ti­va?

As coope­ra­tiv­as são empre­sas econó­mi­cas geridas de forma indepen­den­te pelos seus membros e que, ao mesmo tempo, operam para os seus membros. São compos­tas por pesso­as singu­la­res e colectivas. 

A coope­ra­ti­va pode ser uma solução para a suces­são empre­sa­ri­al?

A coope­ra­ti­va oferece uma alter­na­ti­va para os trabal­ha­dores empen­ha­dos de uma empre­sa nos casos em que ainda não existe um acordo de suces­são.
As vanta­gens:
1. uma vez que a coope­ra­ti­va pode agrup­ar as possi­bil­ida­des finance­i­ras de várias pesso­as, o finan­cia­men­to do preço de compra é mais fácil de reali­zar.
2. o empresá­rio reforma­do pode conti­nu­ar a trabal­har como membro do consel­ho fiscal ou como consul­tor duran­te algum tempo e retirar-se gradualmente. 

Requi­si­tos para as coope­ra­tiv­as na suces­são de empre­sas?

A coope­ra­ti­va é consti­tuí­da por um mínimo de três pesso­as. A coope­ra­ti­va é única e exclu­si­v­a­men­te obriga­da a promo­ver os inter­es­ses dos seus membros. As activ­i­d­a­des empre­sa­ri­ais da coope­ra­ti­va devem ser orien­ta­das para objec­tivos econó­mi­cos, cultu­rais ou sociais.