Quadro de contribuições KERN Oferta indicativa

Oferta indica­ti­va: oferta não vincu­la­ti­va (NBO) simples­men­te explicada

Uma oferta indica­ti­va é uma ferra­men­ta básica no proces­so de fusões e aquisi­ções que serve como primei­ro passo na comuni­ca­ção entre um poten­cial compra­dor e o vende­dor. Não é juridi­ca­men­te vincu­la­ti­va e forne­ce uma indica­ção inicial do preço de compra. Pode também conter outros element­os, como o cálcu­lo do preço de compra, requi­si­tos de infor­ma­ção especí­fi­cos, planos de finan­cia­men­to e um calen­dá­rio preliminar.

Esta oferta permi­te aos vende­do­res avali­ar a serie­da­de e as inten­ções dos poten­ciais compra­do­res e comparar diferen­tes ofertas.

Defini­ti­on: O que é uma oferta indicativa?

No contex­to das opera­ções de fusões e aquisi­ções, uma oferta indica­ti­va consti­tui a primei­ra oferta escri­ta do poten­cial compra­dor. Estabe­le­ce as condi­ções gerais em que a parte inter­essa­da adquir­i­ria a empre­sa-alvo. Para além do preço pedido, pode também conter reser­vas especí­fi­cas, como a aprova­ção dos organis­mos de super­visão ou compro­mis­sos de finan­cia­men­to. Ao contrá­rio de uma carta de inten­ções, repre­sen­ta uma decla­ra­ção unila­te­ral de inten­ções e consti­tui a base para negocia­ções poste­rio­res. Este instru­men­to ajuda os vende­do­res a avali­ar a serie­da­de e as quali­fi­ca­ções das diferen­tes partes interessadas.

Distin­ção da Carta de Inten­ções (LoI)

Oferta indicativa gráfica vs. Carta de intenções

Uma oferta indica­ti­va e uma Carta de Inten­ções (LoI) são ambos instru­ment­os para documen­tar as inten­ções de compra, mas diferem em pontos essenciais:

  • Compro­mis­so: Tanto uma Carta de Inten­ção como uma oferta indica­ti­va não são normal­men­te vincu­la­tiv­as, exceto se conti­ve­rem cláusu­las vincu­la­tiv­as explí­ci­tas. No entan­to, uma Carta de Inten­ção pode conter element­os vincu­la­tivos especí­fi­cos, tais como acordos de confi­den­ci­al­i­da­de ou de exclusividade.
  • Conteú­do: Uma Carta de Inten­ções é muitas vezes mais pormen­orizada e é normal­men­te prepa­ra­da após uma primei­ra Diligên­cia devida A propos­ta indica­ti­va é elabora­da numa fase inicial. Uma propos­ta indica­ti­va é geral­men­te mais geral e serve como uma primei­ra aproxi­ma­ção entre as partes.
  • Impli­ca­ções jurídi­cas: Embora ambos os document­os sejam frequen­te­men­te considera­dos não vincu­la­tivos, podem ainda criar obriga­ções legais em algumas juris­di­ções, como o dever de negoci­ar de boa fé.

Em termos gerais, uma oferta indica­ti­va serve mais para expres­sar o inter­es­se básico na aquisi­ção da empre­sa-alvo e para inici­ar o proces­so de negocia­ção, enquan­to uma Carta de Inten­ções contém infor­ma­ções mais concre­tas das partes contra­tan­tes e pode conter element­os vincu­la­tivos. É importan­te compreen­der as diferen­ças entre estes dois document­os e utili­zá-los de acordo com os requi­si­tos e as expec­ta­tiv­as numa relação comer­cial para vender uma empresa.

Como é que se cria uma oferta indicativa?

As etapas mais importantes da oferta indicativa na representação gráfica

Como é que se cria uma oferta indicativa?

A criação de uma oferta indica­ti­va é uma etapa crucial para conven­cer poten­ciais clientes ou parce­i­ros comer­ciais dos seus produ­tos ou servi­ços. Eis os passos essen­ciais que deve seguir para criar uma oferta indica­ti­va eficaz:

  1. Recol­her infor­ma­ções relevan­tes: Comece por recol­her todas as infor­ma­ções neces­sá­ri­as a incluir na sua oferta. Em regra, pode recol­hê-las na exposi­ção e, em regra, na carta de processo.
  2. Identi­fi­car as neces­si­d­a­des do vende­dor e do seu consul­tor: Compreen­der os inter­es­ses e as neces­si­d­a­des do vende­dor e, se for caso disso, do consul­tor. Uma análi­se aprofunda­da destes inter­es­ses permi­tir-lhe-á adapt­ar a sua oferta indica­ti­va especi­fi­ca­men­te a eles.
  3. Forne­cer infor­ma­ções claras: A sua oferta deve conter infor­ma­ções claras e compreen­sí­veis. Descr­eva os seus requi­si­tos e objec­tivos de forma pormen­orizada e precisa. Evite o jargão e utili­ze uma linguagem clara e simples.
  4. Definir preços e condi­ções: Indique o preço de compra e todas as condi­ções relevan­tes de forma trans­pa­ren­te. Se possí­vel, indique um preço fixo e não um inter­va­lo de preços, uma vez que o vende­dor só se aperce­berá do limite inferi­or do intervalo.
  5. Expli­car a gestão do preço de compra: As ofertas indica­tiv­as servem frequen­te­men­te de ponto de partida para as negocia­ções. Por conse­guin­te, expli­que como chegou à indica­ção do preço de compra e mostre, assim, que tratou da avalia­ção da empresa.
  6. Finan­cia­men­to atual: As considera­ções iniciais sobre o finan­cia­men­to do preço de compra aumen­tam a credi­bil­ida­de da oferta e melhoram as suas hipóte­ses num proces­so de licita­ção, por exemplo.
  7. Adicio­nar infor­ma­ções de contac­to: As suas infor­ma­ções de contac­to, como o número de telefo­ne ou o endere­ço de correio eletró­ni­co, devem estar clara­men­te visíveis na oferta para facili­tar o contac­to dos poten­ciais clientes.
  8. Apresen­te a sua empre­sa: Forne­ça uma breve descri­ção da sua empre­sa para criar confian­ça e credi­bil­ida­de. Infor­ma­ções sobre a sua experiên­cia, referên­ci­as e quali­fi­ca­ções podem ser incluí­das aqui.
  9. Oferecer reser­vas: Uma oferta de compra está normal­men­te sujei­ta a deter­mi­na­das reser­vas. Expli­que-as, por exemplo, se o consen­ti­men­to dos seus accio­nis­tas ainda estiver pendente.
  10. Requi­si­tos de informação/due diligence: É útil para o vende­dor se já deline­ar os requi­si­tos básicos de diligên­cia devida que são essen­ciais para si.
  11. Estabe­le­cer o calen­dá­rio: Desde que haja preferên­ci­as de tempo ou estran­gu­la­mentos na Proces­so de F&A Se tiver outras questões, deve também expli­cá-las ou, se neces­sá­rio, dar um sinal de flexi­bil­ida­de em termos de tempo.
  12. Envio da oferta de compra: Enviar a oferta indica­ti­va ao poten­cial cliente ou parce­i­ro de negóci­os, geral­men­te por correio eletró­ni­co ou pelo canal de comuni­ca­ção deseja­do, para trans­mit­ir a sua inten­ção de comprar e a sua oferta de compra. Cumprir os prazos fixados pelo vende­dor ou pedir uma prorro­ga­ção, se necessário.

Impor­tân­cia para o proces­so de F&A

A oferta indica­ti­va desem­pen­ha um papel crucial na fase inicial do proces­so de fusões e aquisi­ções. É normal­men­te utilizada para avali­ar o inter­es­se de poten­ciais compra­do­res numa empre­sa e serve de base para negocia­ções poste­rio­res. Permi­te ao vende­dor e ao seu consul­tor de F&A obter uma primei­ra impres­são das poten­ciais ofertas e fazer avançar o proces­so de forma eficiente.

Solicitar uma consulta inicial gratuita sobre o tema da oferta indicativa
Mapa de localização da KERN Europa 2023