Logótipo de um banco num muro de pedra

O papel do banco na suces­são de empresas

Corne­lia Roth em entre­vis­ta a Roland Grepp­mair - KERN - Die Nachfolge­spezialisten sobre o papel do banco no proces­so de sucessão

Há quanto tempo está ativo no domínio da suces­são de empresas?

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Aquisi­ção de empre­sas (M&A) - indepen­dên­cia ou estra­té­gia de crescimento

RGEstou na KERN há 3 anos e há cerca de 1 ano.

Quais são as tarefas do proces­so de trans­ferên­cia que a sua empre­sa assume?

RGAcomp­an­ha­mos os proces­sos de suces­são como facilit­ado­res do proces­so. Somos prati­ca­men­te o dispo­si­tivo de navega­ção para o ceden­te ou cessi­oná­rio. A gestão da suces­são é um campo de ativi­da­de muito exten­so e exigen­te, que começa com a avalia­ção da situa­ção de suces­são, a avalia­ção da empre­sa e o apoio a proces­sos de otimi­za­ção, o coaching para a suces­são no seio da família, a procu­ra quali­fi­ca­da de perso­nal­ida­des para a compra. Além disso, há o desen­vol­vi­men­to e a modera­ção de todo o proces­so de mudan­ça de geração ou de venda com o envol­vi­men­to de parce­i­ros experi­en­tes da rede. Além disso, os proce­di­ment­os de media­ção quali­fi­ca­dos ajudam em situa­ções de confli­to, bem como o apoio na angaria­ção de capital e o desen­vol­vi­men­to de planos de provisão para emergên­ci­as súbitas.

Como é que os clientes tomam conhe­ci­men­to da KERN?

RGA nossa presen­ça nas princi­pais bolsas de empre­sas alemãs, como a DUB ou a Nexxt­Ch­an­ge, é uma das formas de os inter­essa­dos chega­rem até nós. O mesmo se aplica à nossa presen­ça online. Para além das oportu­ni­d­a­des acima mencio­na­das, utiliz­a­mos também contac­tos pesso­ais com bancos e consul­to­res fiscais, bem como palestras em associa­ções e câmaras de comércio. Sem esque­cer ? Recomen­da­ções de clientes!

Coope­ra­ção com peritos

Como é que coope­ra com o banco e com outros parce­i­ros, tais como consul­to­res fiscais ou notários?

RG: A suces­são de empre­sas é um assun­to parti­cu­lar­men­te delica­do e não se carac­te­ri­za neces­sa­ria­men­te por uma taxa de suces­so parti­cu­lar­men­te boa. Duas em cada três suces­sões falham. Os bancos finan­cia­do­res também recon­he­ceram este facto. Ao colaborar com um profi­s­sio­nal de suces­são, preten­dem garan­tir que a suces­são seja bem sucedi­da e que surjam outras oportu­ni­d­a­des para o banco, por exemplo, o finan­cia­men­to do suces­sor. Uma banca­da de trabal­ho alargada, por assim dizer, para poder oferecer assis­tên­cia como banco também no tema da suces­são. É por isso que, quando acomp­an­ha­mos poten­ciais compra­do­res por parte da KERN e quando se trata de finan­ci­ar o preço de compra, coloca­mos em jogo bancos parce­i­ros. Vemos e valoriz­a­mos consul­to­res fiscais, advoga­dos, notári­os e, quando aplicá­vel, consul­to­res de subsí­di­os como parce­i­ros com os seus respec­tivos conhe­ci­ment­os especia­liz­ados. As soluções são desen­vol­vi­das e coordena­das como uma equipa de proje­to. Não nos vemos como concor­ren­tes ou como alguém que quer tirar algo a outra pessoa. Não, vemo-nos como integra­do­res de muitas disci­pli­nas importan­tes neste proces­so complexo.

Coope­ra­ção com o Banco

O VR-Bank Mittel­fran­ken West eG ainda não desen­vol­veu uma estra­té­gia neste domínio. Como é que funcio­na o proces­so de coope­ra­ção com o banco?

RGTudo começa quando o consul­tor do cliente empre­sa­ri­al descob­re uma neces­si­da­de numa conver­sa com o empresá­rio. Se o longo perío­do de tempo para a suces­são for calcu­la­do corre­ta­men­te, é altura de abordar ativa­men­te a questão da suces­são quando o proprie­tá­rio ating­ir os 55 anos de idade. O banco pode dar o impul­so, sensi­bi­li­zar para o tema com pergun­tas inteli­gen­tes e oferecer a ajuda de um profi­s­sio­nal para o tema. Se o manda­to for atribuí­do ao consul­tor em matéria de suces­sões, o banco fica, por enquan­to, fora do fluxo de infor­ma­ção. A não ser que o ceden­te queira, de forma proac­ti­va e aberta, confi­ar no banco. No entan­to, a confi­den­ci­al­i­da­de é a princi­pal priori­da­de num proces­so deste tipo. Regra geral, o banco deve confi­ar que estão a ser dados os passos certos para encon­trar o melhor cenário de suces­são. Alguns bancos querem lucrar com a inter­me­dia­ção dos manda­tos e outros querem apenas oferecer ajuda, mas não querem fazer disso um negócio. Estamos abertos a ambas as opções. No âmbito de uma coope­ra­ção ativa, ambos parti­ci­pam no suces­so conjun­to, por exemplo, o envol­vi­men­to do banco num manda­to de compra / financiamento.

A prepa­ra­ção é metade da batalha

Com que antece­dên­cia devem os empresá­ri­os começar a pensar na transferência?

RG: A partir das primei­ras considera­ções, este proces­so demora normal­men­te 3 a 5 anos. Se a empre­sa for vendida, só o proces­so de venda demora pelo menos um ano. Aos 55 anos de idade, muitos empresá­ri­os sentem-se ainda demasia­do jovens para lidar com este assun­to e, depois, torna-se muitas vezes difícil encon­trar um suces­sor adequa­do de um dia para o outro, por razões de idade. Isto também se aplica, em parti­cu­lar, à “emergên­cia imprevisível”.

Qual é a forma de trans­ferên­cia mais frequen­te­men­te escol­hi­da pelos seus clientes?

RGO IfM de Bona prevê, para o perío­do de 2018 a 2022, que 53% das empre­sas do sector das PME sejam trans­mit­i­das no seio da família. Esta conti­nua a ser a maioria das trans­mis­sões, embora com uma tendên­cia decre­s­cen­te. 18% são trans­mit­i­dos ou vendidos a um trabal­ha­dor e 29% - o que corre­spon­de a cerca de 8.500 empre­sas na Bavie­ra - são vendidos. Isso também corre­spon­de à princi­pal área de aplica­ção da KERN.

Proce­di­men­to do aconsel­ha­men­to em matéria de sucessão

Na sua opinião, como é que o “proces­so perfei­to” de uma Consel­hos de suces­são olhar?

RG: Para mim, a pedra angular é fazer um balan­ço e anali­sar a situa­ção da suces­são, a partir do qual se pode desen­vol­ver um “plano diretor”. Muitas vezes, os impos­tos e as questões jurídi­cas estão em primei­ro plano, o que não tem em conta o importan­te aspeto emocio­nal. No entan­to, na minha opinião, estes devem estar sempre ao servi­ço da otimi­za­ção. No mundo ideal, o empresá­rio está em pleno gozo da sua energia criati­va e começa por escla­re­cer com os seus parce­i­ros o que signi­fi­ca a entre­ga da sua empre­sa. Qual é o aspeto do tempo que se segue? É positivo ou negativo? Ser capaz de deixar ir é uma verdadei­ra “compe­tên­cia essen­cial” para uma suces­são bem sucedida.

Depois, é uma questão de encon­trar o suces­sor certo. Ao colocar a questão “O que é que a minha empre­sa precisa?”, liber­ta­mo-nos dos const­ran­gi­ment­os inter­nos da família ou dos nossos própri­os cenári­os favori­tos e posicio­na­mos mental­men­te o líder certo para um modelo de negócio susten­tá­vel. Agora, pode começar a procurar um suces­sor predesti­na­do no seio da família. Ou talvez um empre­ga­do ou uma pessoa externa?

O papel do banco no proces­so de sucessão

Na sua opinião, que papel desem­pen­ha o banco na questão da suces­são empre­sa­ri­al? O que é que um banco deve/pode ainda mudar neste domínio?

RGUm fator decisi­vo! Porque depois do consul­tor fiscal, é o banco da casa que está próxi­mo do empresá­rio. Mas os empresá­ri­os também têm “medo” de não serem capazes de dar uma respos­ta adequa­da à questão da suces­são. Não têm a certe­za das conse­quên­ci­as de uma tal discus­são de rating e compor­tam-se de forma cautelosa.

O papel do banco como inicia­dor no senti­do de um servi­ço ao cliente pode dar um contri­bu­to valio­so aos seus clientes. O banco tem de mostrar que a regula­ção da suces­são é importan­te para ele no senti­do de ambos e que não afecta apenas o fator de risco na classi­fi­ca­ção. Está prati­ca­men­te a garan­tir o negócio de amanhã.

Do ponto de vista do cliente, isto é frequen­te­men­te confron­ta­do com uma falta de compreensão e aqui recomen­do uma comuni­ca­ção ativa com os bancos, de bom grado com o apoio da KERN como especia­lis­ta.  

Na sua opinião, quais são os limites dos consel­hos de suces­são de um banco?

RGA vonta­de e o esfor­ço para assegurar a existên­cia susten­tá­vel da empre­sa devem ser o limite e a indica­ção ou a obten­ção de apoio profi­s­sio­nal. O aconsel­ha­men­to em matéria de suces­são não é a ativi­da­de origi­nal de um banco. Para além disso, os bancos são também confron­ta­dos com os seguin­tes desafios:

  • Demasia­do pesso­al (não é um objetivo estra­té­gico inves­tir na área da sucessão)
  • A ativi­da­de bancá­ria a curto prazo está em primei­ro plano

Os obstá­cu­los à suces­são de empresas

Quais são os desafi­os que se colocam atual­men­te no domínio da suces­são empresarial?

RG: O tema, também com as suas conse­quên­ci­as econó­mi­cas, tem de ser muito mais focado. Os suces­so­res no seio da família têm cada vez mais outros planos e as empre­sas atrac­ti­vas são confron­ta­das com cada vez menos compra­do­res poten­ciais (altera­ções demográ­fi­cas). Ao mesmo tempo, as mudan­ças no sector das PME também oferecem oportu­ni­d­a­des de cresci­men­to inorgânico.

Quais são as razões pelas quais a maioria das suces­sões empre­sa­ri­ais falham ou porque é que a maioria dos proble­mas surgem duran­te o proces­so de sucessão?

RG: Para citar alguns: Preço de compra, razões de idade, procu­ra de um suces­sor adequa­do, situa­ção econó­mi­ca. Mas, em última análi­se, são as emoções que fazem fracas­sar duas em cada três suces­sões, sobre­tu­do nas empre­sas mais pequenas.

O que pode ser feito para evitar estes problemas?

RGTomar consciên­cia deste facto. Se nós, humanos, já somos seres complexos, os empresá­ri­os familia­res são-no ainda mais. Afinal, eles repre­sen­tam a família, a empre­sa e, em última análi­se, também o capital numa só pessoa. Na família, valores como a perten­ça, a seguran­ça, o amor e o recon­he­ci­men­to desem­pen­ham um papel importan­te. Na empre­sa, os valores são antes o desem­pen­ho, o suces­so, a maximi­za­ção dos lucros, etc. O capital é uma expres­são de poder e de afirma­ção na empresa.

Quando se passa a palav­ra ao filho ou à filha, coloca-se sempre a questão: quem está a falar com quem? O empresá­rio com o filho? O suces­sor com o pai ou a mãe?

Isto não é diferen­te quando se vende a empre­sa e a entre­ga a uma entida­de exter­na. Por conse­guin­te, a resolu­ção de confli­tos (media­ção) é um meio recon­he­ci­do e testa­do com suces­so para resol­ver confli­tos no proces­so de suces­são com uma proba­bil­ida­de de 90%.

Além disso, em todas as questões de suces­são, é útil recor­rer atempa­da­men­te a um parceiro/perito ao nível dos olhos.

Prepar­ar­mo-nos para o inesperado

Neste contex­to, também prepa­ram as empre­sas para situa­ções de emergên­cia? (por exemplo, morte súbita do empresário)

RG: EUNo âmbito do nosso trabal­ho de aconsel­ha­men­to, chama­mos clara­men­te a atenção para esta neces­si­da­de e temos todo o gosto em resol­ver o problema.

Em caso afirma­tivo, o que é que conside­ra parti­cu­lar­men­te importante?

RGQue os planos de pensões para emergên­ci­as súbitas são legal­men­te defensá­veis e estão sempre actua­liz­ados ou adapta­dos à respec­ti­va situação.

Pode forne­cer-me materi­ais sobre este tema? Tem alguma recomen­da­ção de litera­tura para mim?

RG: Com prazer, o nosso livro eletrónico

Muito obriga­do pela entrevista!

Corné­lia Roth

como parte da tese de bacha­re­la­to para o VR-Bank Mittel­fran­ken West eG

Sugestões para uma leitu­ra mais aprofundada:

Entre­vis­ta: Preparar bem a suces­são no seio da família

Entre­vis­ta com Ingo Claus: Vender a empre­sa em 7 passos

Quick­check: O meu banco pode ajudar na suces­são empresarial?

A escol­ha do modelo suces­sor ótimo

Empré­s­ti­mo de arran­que do LfA Förder­bank Bayern também para a suces­são empresarial


O que fazem os consul­to­res de suces­são como a KERN?

Acomp­an­har as suces­sões é um desafio e um vasto campo de ativi­da­de. Isto inclui, entre outras coisas, fazer o balan­ço e deter­minar o valor da empre­sa. Mas o coaching, especial­men­te para a suces­são no seio da família, e a procu­ra do suces­sor certo também desem­pen­ham um papel importan­te. Além disso, desen­vol­vemos e modera­mos o proces­so de trans­ferên­cia de contro­lo. Neste proces­so, envol­vemos os nossos parce­i­ros experi­en­tes da rede.

Como é que os consul­to­res de suces­são e o banco trabal­ham em conjun­to?

Muitas vezes, o consul­tor de clientes empre­sa­ri­ais do banco descob­re a neces­si­da­de de tratar de questões de suces­são quando o cliente atinge os 55 anos de idade. Nessa altura, o banco pode encamin­har o cliente para um profi­s­sio­nal especia­liz­ado. Este facto retira-o frequen­te­men­te do fluxo de infor­ma­ção, por enquan­to. A menos que o cliente conti­nue a envol­vê-lo ativa­men­te. A confi­den­ci­al­i­da­de é aqui a primei­ra priori­da­de. E o banco deve poder confi­ar no consul­tor para desen­vol­ver o cenário de suces­são correto. 

Que desafi­os se colocam à suces­são empre­sa­ri­al?

A suces­são de empre­sas tem uma grande impor­tân­cia econó­mi­ca. O preço de compra, a idade, a procu­ra de um suces­sor adequa­do e a situa­ção econó­mi­ca consti­tuem frequen­te­men­te obstá­cu­los a uma suces­são bem sucedi­da. No entan­to, nas empre­sas mais peque­nas, o maior obstá­cu­lo é a emoção. É por isso que duas em cada três suces­sões falham.