Pesqui­sa de empre­sas: Como chegar à suces­são empre­sa­ri­al em 4 passos

A procu­ra de uma empre­sa, ou seja, a identi­fi­ca­ção e abord­a­gem de empre­sas poten­cial­men­te prontas para serem entre­gues, é um dos maiores desafi­os para os suces­so­res de empre­sas. Os empresá­ri­os senio­res consideram que o maior proble­ma é encon­trar o candi­da­to certo para uma suces­são fora da família. 

Quase unani­me­men­te, ouvimos na nossa práti­ca diária de consult­oria que “o encon­tro de proprie­tá­ri­os de empre­sas prepa­ra­dos para a suces­são com os seus suces­so­res” ocupa a maior parte do tempo de um proje­to de suces­são. Os resul­ta­dos de vários estudos efectua­dos pela DIHKde câmaras, bancos e KfW também apontam para este problema.

Na nossa série de quatro partes, descreve­mos como os adqui­ren­tes podem acele­rar o proces­so de procu­ra de uma empre­sa através de uma boa prepa­ra­ção e de uma estra­té­gia de procu­ra modular. Na primei­ra parte, trata­mos da defini­ção de um perfil de pesqui­sa claro para a procu­ra de uma empresa.

Um perfil de pesqui­sa claro facili­ta a pesqui­sa da empresa

A procu­ra de uma empre­sa adequa­da começa sempre com a defini­ção de um perfil de pesqui­sa claro e a prepa­ra­ção de document­os adequa­dos. Ao fazê-lo, o pesqui­sa­dor deve ser claro sobre que sector, região e a que preço ele quer envol­ver-se. Todos os três facto­res são igual­men­te importan­tes neste caso.

Sobre­tu­do com gesto­res genera­lis­tas, verifi­ca­mos frequen­te­men­te que a orien­ta­ção setori­al não é de todo importan­te nas primei­ras conver­sas. Depois, é frequen­te ouvirm­os: “Não há proble­ma. Posso familia­ri­zar-me com qualquer modelo de negócio. Isto pode ser possí­vel sem qualquer proble­ma, especial­men­te se houver um segun­do nível de gestão. Thomas Dörr, um consul­tor especia­liz­ado em suces­são empre­sa­ri­al em Frank­furt, chama a atenção para um fator que não deve ser subesti­ma­do: “As PME que estão prontas a entre­gar as suas empre­sas querem frequen­te­men­te um suces­sor com experiên­cia no sector. Isto signi­fi­ca que a defini­ção de um sector se torna frequen­te­men­te um fator críti­co de suces­so na procu­ra. Nesta altura, os suces­so­res da empre­sa devem considerar quais os secto­res que os atraem e quais as compe­tên­ci­as que lhes estão associa­das. A partir daí, é possí­vel definir um perfil setori­al claro.”

Perfil do sector, nível de inves­ti­men­to e orien­ta­ção regional

Um segun­do ponto importan­te é a orien­ta­ção regio­nal, uma vez que, na maioria dos casos, uma empre­sa de média dimensão não pode ser gerida à distân­cia ou deslo­ca­lizada sem mais demoras. A este respei­to, é prefe­rí­vel que o suces­sor de uma empre­sa envol­va a sua família no proje­to antes do início da procu­ra. É certo que um suces­sor pode deslo­car-se duran­te um perío­do de tempo limita­do. No entan­to, a longo prazo, coloca-se normal­men­te a questão da mudan­ça. E esta decis­ão de grande alcan­ce deve ser apoia­da pela família do suces­sor da empresa.

É também essen­cial deter­minar um possí­vel nível de inves­ti­men­to. A percen­ta­gem de capital próprio desem­pen­ha aqui um papel importan­te. A experiên­cia mostra que com 15-20% de capital próprio e um histo­ri­al de refinan­cia­men­to de três a um máximo de oito anos, tem-se uma boa posição de partida para o desen­vol­vi­men­to de um concei­to de finan­cia­men­to viável.

No final deste proces­so, o ideal é que existam dois perfis: Para além de um pedido de compra para trocas de empre­sas, deve também ser criado um perfil de suces­sor mais detal­ha­do que possa ser distri­buí­do através de redes adequadas.

Clique aqui para ver as outras partes desta série:

Parte 1: Como é que um perfil de pesqui­sa claro facili­ta a pesqui­sa de empresas.

Parte 2: Que bolsas de empre­sas são adequa­d­as para a pesquisa?

Parte 3: Como é que um consul­tor pode apoiar a procu­ra de uma empresa?

Parte 4: Como é que uma abord­a­gem direta acele­ra a procu­ra de uma empresa?